sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

NÃO TEMOS O PODER DE DECISÃO

O mundo todo tem seus olhos voltados para os dois casos de suicídio assistido, no Reino Unido. Uma das mães foi condenada à prisão perpétua e outra, absolvida. Ambas mataram seus filhos. Se quiser entender melhor os detalhes, leia a notícia.

Ao ler, ocorreu-me que não temos o poder de decisão sobre a morte e a vida. Tanto a Sra. Gilderdale quanto a Sra. Inglis dizem que acreditavam que os filhos sofriam demais e que tiveram amor e misericórdia ao auxiliá-los a morrer. No caso de Lynn, filha de da Sra. Gilderdale, houve uma manifestação consciente da filha quanto ao desejo de morrer, devido a estar sofrendo há catorze anos com uma doença incurável e incapacitante (a mãe foi absolvida). No caso de Thomas, como ele estava inconsciente há pouco mais de um ano, devido a um tombo, não houve nenhuma manifestação (a mãe foi condenada).

Não quero julgar as mães, nem posso dizer que conheço a dor que tem vivivo com suas histórias de vida. Mas é preciso que haja princípios que deem norte a todas as nossas decisões. Um destes princípios que, como filhos de Deus, temos que respeitar é que somente Deus tem poder de decisão sobre a vida e a morte. Ainda que pensemos que somos nós quem planejamos o nascimento de nossos filhos, uma breve reflexão sobre o desenrolar da gestação nos mostrará que não temos controle sobre o começo da vida humana.

E o que dizer da morte? Que critérios poderíamos utilizar para definir se devemos matar ou ajudar uma pessoa se matar? Seria o sofrimento intenso? Quantas vezes muitos de nós já dissemos que preferíamos morrer a viver algo que estávamos vivendo e, no entanto, algum tempo depois, encontramo-nos bem e felizes? Se o sofrimento fosse o parâmetro, então, seria correto jogar uma bomba ou aplicar uma injeção letal em todas as crianças do Sudão ou do Haiti? Quem pode dizer que a história de uma vida realmente chegou ao fim? Com que olhar poderemos enxergar que nada acontecerá, logo ali, na próxima curva do caminho de alguém? Ou mesmo o que está esperando ao longe? Como poderemos saber do futuro de alguém?

Respeito o sofrimento de todo aquele que sofre. Mas sou contra o aborto, o suicídio assistido, a eutanásia, o homicídio, o genocídio e toda forma de MATAR. Afinal, meu Deus é vida e doador de vida. Afinal, as chaves da morte estão nas mãos de Jesus, o Filho de Deus. De mais ninguém. Nada justifica matar. Nada justificar auxiliar alguém a se matar. Nada justifica ficar de braços cruzados vendo tantas pessoas morrerem, quando podemos ajudá-las a viver. Seja morrendo de fome, de frio, de dor, seja do que for. Sempre que estiver ao nosso alcance, devemos levar vida, esperança, consolo, comida, calor. Sempre que quisermos ser parecidos com Jesus, devemos fazer com que as pessoas que sofrem enxerguem que todos os homens viverão eternamente e, uma vez que entenda o que Jesus fez por ele e receba isso em sua própria vida, todo homem poderá viver eternamente feliz e livre de toda dor, sofrimento, angústia, necessidade... livre de toda morte.

Jackeline Sarah
26/01/10

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